Minha trajetória na nutrição começou a partir da minha própria história.
Desde criança, e até a adolescência, sofria com obesidade. Na época, tomava remédios para emagrecer, era filha única, não comia legumes e consumia poucas frutas. Entrei na faculdade depressiva e mentalmente abalada. Meu objetivo era ficar magra ou me aceitar gordinha.
Mas Deus sabe o que faz. Vivi intensamente a luta contra a balança e, mesmo depois de atingir minha meta, ainda tinha traumas em relação às minhas pernas. Na época, achava que era celulite, mas hoje sei que se tratava de uma doença pouco conhecida: o lipedema.
Hoje, faço o que amo ❤️: ajudar pessoas a transformarem suas vidas por meio da alimentação, do pensamento e do movimento (exercício)—os três pilares essenciais para uma vida saudável.
Vivemos em uma sociedade onde crianças, jovens e idosos enfrentam diversos transtornos mentais, como depressão, ansiedade, insônia, Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), autismo, bipolaridade, Alzheimer, epilepsia, entre outros. Essas condições impactam significativamente a qualidade de vida e o bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo.
Hoje sabemos que o intestino é o nosso segundo cérebro. O que acontece com ele reflete no corpo inteiro. Ele possui uma rede complexa de neurônios e está intimamente ligado ao cérebro, influenciando diretamente o nosso humor e comportamento.
Uma microbiota intestinal equilibrada está associada a uma melhor saúde mental, enquanto desequilíbrios podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de diversos transtornos.
A alimentação desempenha um papel crucial nesse contexto. Quando iniciei minha pós-graduação em saúde mental, meu foco era descobrir os melhores suplementos para cada doença. No entanto, com uma visão mais integrativa, percebi que não adianta utilizar suplementos se o restante não está em equilíbrio.
Imagine que o suplemento é o telhado de uma casa, mas se essa casa está pegando fogo—ou seja, se seu estilo de vida (alimentação, sono, exercício, microbiota, estresse) não está bem cuidado—não adianta focar apenas no telhado sem cuidar da base.
Uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, como frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, azeite de oliva e alimentos de baixo índice glicêmico, está associada a um cérebro menos inflamado e mais saudável.
A eliminação de certos alimentos, adaptada às intolerâncias individuais, pode ajudar no controle dos sintomas de doenças mentais e, em alguns casos, até mesmo contribuir para a cura.
Cada paciente é único, e para cada condição temos embasamento científico tanto na nutrição quanto em terapias comportamentais. O trabalho é realizado em conjunto com psicólogos, médicos e educadores físicos, sempre com um único objetivo: transformar vidas e alcançar resultados reais.